Escolha uma Página
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O ano de 2026 já começa com a sua primeira polêmica. A escolha da Pantone Cloud Dancer (um branco etéreo e suave) como Cor do Ano de 2026 gerou grande controvérsia. A Pantone justifica a cor como um convite à serenidade, simplificação e foco em uma sociedade frenética, simbolizando uma “tela em branco” para novos começos. É a primeira vez que um branco puro recebe o título. No entanto, a decisão foi amplamente criticada nas redes sociais e por especialistas.

As principais queixas incluem:

  • “Ausência de Cor”: Muitos internautas a consideraram “sem graça” e uma “ausência de diversão”.
  • Estética “Clean Girl”: A cor foi associada à onipresente e já popular estética minimalista e “clean girl”, fazendo com que a escolha fosse vista como não inovadora.
  • Uma suposto apito de cachorro para defensores de supremacia branca.

O Contexto de Raça e Branquitude

É importante reconhecer que a cor branca, em um contexto sociocultural, é indiscutivelmente ligada à ideia de branquitude e, em discussões acadêmicas e ativistas, ao conceito de supremacismo.

Alguns usuários e comentaristas nas redes sociais, sim, fizeram essa conexão política, argumentando que escolher o branco em um período de crescimento da extrema-direita global e de debates intensos sobre racismo descarado, pode ser lido como um endosso implícito à branquitude como o padrão.

A Pantone, no entanto, descreve a cor em termos de design e bem-estar: “serenidade,” “clareza,” “simplificação,” e “página em branco” para recomeços.

Outra ideia menos polêmica

E se a escolha da cor não fosse relacionada a serenidade, clareza, simplificação? Teria sido muito mais interessante e alinhada com as necessidades atuais do mundo se fosse uma colaboração com artistas das regiões árticas e de predominância de neve para trazer uma discussão sobre o derretimento do permafrost e aquecimento das regiões árticas frente ao cenário de mudança climática que estamos enfrentando, ao invés de uma ideia de que o mundo precisa somente de branco, paz e sossego.

Enfim, é só sem graça e “chapa branca” demais ou tem alguma coisa a mais envolvendo essa escolha?

O que você acha?